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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Filosofando na Praça

Gosto de observar os fenômenos que acontecem ao meu redor, observo, observo, guardo na memória o que vi, e penso até descobrir as razões que levaram a ocorrência daquele fenômeno. Chego a uma conclusão.
A minha conclusão.
Verdadeira ou falsa?
Quando se trata de fenômenos naturais, a identificação dos agentes promotores da situação é fácil de encontrar e logo de se explicar, portanto a conclusão que se chega é única, sendo assim, verdadeira.
Contudo, quando se trata de fenômenos humanos, ou seja, dependente da vontade e da força humana, pode-se chegar a várias conclusões, sendo apenas uma verdadeira.
A verdadeira intenção do agente de causar tal fenômeno.
Desde criança os fenômenos me intrigam, e por observar, percebi que em determinados locais, devido a cultura local, as razões de causa podem ser as mesmas.
Porém, a forma que cada ser humano reage contra essas razões são individuais e únicas.
Verdadeiras.
O que quero dizer é que a vontade do ser humano em fazer algo bom ou ruim, é um fenômeno verdadeiro.
Entendendo-se que a definição de bom e ruim varia conforme o potencial de cada ser humano.
A definição de verdadeiro e falso é a existência comum de algum fenômeno, ou seja, quando a intenção corresponde ao acontecimento, o fato é real, é verdadeiro.
Minhas conclusões são verdadeiras quando identifico que intenção e o acontecimento são equivalentes.
Hoje fiquei observando um garoto brincando com a bola em uma praça perto de casa, ele chutava a bola, cada vez mais forte, e a bola ia a cada chute mais longe da sua mãe, que mesmo lendo uma revista de moda, não se esquecia de exclamar de cinco em cinco minutos:
 - "Pedrinho brinque aqui perto!"
E Pedrinho sempre obediente buscava a bola correndo e voltava para perto de sua mãe dando um chute mais  forte na bola.
Qual a intenção de Pedrinho, em chutar a bola para a mesma direção e cada vez com mais força?
Pensando nisto, obsevei que na direção que Pedrinho chutava a bola tinha vários pombos comendo insetos na grama do parque, porém a bola nunca se aproximava a ponto de espantá-los, ou de faze-los voarem todos juntos.
Pedrinho mantia os olhos fixados no grupo de pombos, e chutava mais uma vez a bola que nem se aproximava do bando.
E mais uma vez o garoto saia correndo para buscar a bola e sua mãe mais uma vez exclamava:
- "Pedrinho brinque aqui perto!"
Ele volta segurando a bola de cabeça baixa.
Foi assim até sua mãe terminar de ler a revista e Pedrinho cansar de correr atrás da bola.
Cheguei a conclusão que Pedrinho obedece a sua mãe, mesmo quando tem a intenção de desobedecer, ou seja, espantar os pombos naquele momento se tornou algo ruim e por isso uma ação inexistente para Pedrinho.
Esse fenômeno é comum entre várias pessoas, muitas vezes a reação humana é contrária a intenção. As razões são várias. O medo é a razão de maior frequencia, quando algo pior que sua intenção fica no risco de ocorrer, sentimos medo e agimos conforme nosso temor.
Pedrinho e sua mãe foram embora.
Me levantei, fui na direção dos pombos e com o mvimento dos braços espantei o bando fazendo-os voarem juntos com excelência para outro ponto da praça.
Fui embora contente.

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