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sábado, 6 de novembro de 2010

ASTÚCIA DE LILICA

      Não lembro o dia, mas lembro da hora. Uma tarde de verão e o sentido típico desses meses chuvosos. Eu estava na varanda sentada na velha cadeira de madeira que tinha a mesma idade que eu, foi feita pelo meu avô e ficou pronta exatamente na hora em que nasci. Essa cadeira meu avô não vendeu. Da varanda podia ver todo o quintal, com várias árvores espalhadas em um belo jardim. Ao meu lado estava minha grande companheira, amiga e guardiã Lilica. Minha cadela. Nós olhávamos a chuva cair, quando notei que o tapete da entrada da cozinha estava na chuva jogado na grama devido as travessuras da Lilica.
Minha cadela conseguia tirar todos de casa do sério, destruía tudo o que via pela frente, e um de seus brinquedos preferidos era o tapete, que por causa da chuva não deu tempo da Lilica destruir. Era uma cadela muito bonita, mas muito custosa. Não me obedecia e por várias vezes dei umas chineladas nela, mas não surtia muito efeito, pois ela sempre voltava a destruir qualquer coisa que tivesse no chão.
      Naquela tarde quando vi o tapete na chuva falei acariciando seu pelo:
 - Lilica pega o tapete! E para minha surpresa a Lilica se levantou e foi buscar o tapete, fiquei espantada, pois nunca me obedecera antes. Ela foi correndo até o jardim, onde o tapete já se encontrava todo molhado, pegou e voltou correndo para a varanda onde eu a esperava sorridente pela sua inteligência.
      Quando entrou nem chegou perto de mim e começou a destruir o tapete, mas como ele estava molhado ela não conseguia rasga-lo. Eu pedi que ela soltasse o tapete, mas não adiantava ela continuava me ignorando e mordendo ferozmente o tapete.
       Por um minuto a Lilica me entendeu e tirou o tapete da chuva. 

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