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quinta-feira, 24 de junho de 2010

TEMPO DO RELÓGIO

Estava eu a passear
Por um bosque onde nunca vi ninguém andar.
Sem trilha pra me guiar
Fui seguindo o canto do sabiá.

Cheguei numa clareira
E me pus a repousar,
Sob uma imperial palmeira
Fechei meus olhos e comecei a sonhar...

Que mundo é este que não para de girar?
Por muitas horas filosofei sem parar.

O tempo não volta,
O tempo não avança,
O tempo não para,
O tempo não descança.

Sempre com a mesma velocidade
Transforma o dia em semana.

A espera é esperança,
A Guerra é impaciência,
A morte é herança,
A ansiedade intolerância,
O tempo é mudança.

Passado
Presente
Futuro
Antes
Agora
Depois

Se eu pudesse parar o mundo por um instante
Nada adiantaria,
Pois, o tic-tac continuaria,
O tempo está na cabeça do constante.

Sempre as horas vão passar
E se eu continuar a filosofar
Sempre vou me atrasar.

É...
Está na hora de levantar
E mais uma vez vou chegar
Depois do jantar.

Tranquilo mesmo é o sabiá
Que nem relógio tem
e nunca se atrasa para cantar.

Um comentário:

  1. Olá Izabella,obrigada pela visita,um grande beijo,
    adorei seu blog e voce me passa que é uma pessoa
    linda.

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